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Esta peça é uma jornada pelo universo numinoso de alguns dos mais antigos mitos femininos da Humanidade, que culmina na figura de Maria, mãe de Deus, ela própria culminação do princípio feminino no inconsciente coletivo ocidental até hoje.

Algumas fontes para o texto foram escritas há mais de 5.000 anos. Há nesses textos arcaicos um fascínio encantatório. Nada têm a ver com o linguajar informal da representação natural contemporânea. Neles as palavras não são apenas veículos de significado racional, mas vêm carregadas da força de seu som, de suas cadências, de seu ritmo, quase como odes compostas para serem entoadas. Textos que se dirigem não apenas ao intelecto, mas  aos sentidos físicos e à imaginação. Não há nesta peça uma narrativa linear, aristotélica. Abordar o arquétipo feminino pela razão, pela lógica, resultaria um ensaio, não uma obra de arte. Esta peça é, portanto, uma seqüência de imagens numinosas encadeadas como analogias, destinadas a produzir um envolvimento hipnótico, sensorial, imagético, que se entende com o coração e com o corpo, não apenas com a cabeça.

Texto inédito para seis atores

 

Registro na Biblioteca Nacional 378.064

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NA PALMA DA MÃO

 
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